Entre os anos 60 e 70 se passou a revolução sexual. O auge desta foi em 1968, o ano das mudanças de maneira geral. Em vários aspectos esse ano transformou o mundo, desde questões políticas até lutas feministas como a pelo direito ao uso da pírula. O estopim da luta ocorreu em Maio de 68, quando alunos da universidade de Nanterre lutaram pelo direito de dormir no mesmo dormitório homens e mulheres. As mudanças comportamentais se propagaram por todo mundo.
A luta pela liberdade tinha várias finalidades, dentre elas igualar os direitos de homens e mulheres, criar um clima de aceitação. O sexo passou a ser algo banal, houve uma tentativa de acabar com o tabu que o assunto carregava. O uso de drogas favorecia essa revolução, pois quanto mais alteradas as pessoas estavam menos juízo de valos faziam e mais espontâneas e liberais elas ficavam.
Enquanto as feministas lutavam pelo direito aos métodos contraceptivos outros grupos lutavam pelo direito de existir, os homossexuais é um exemplo desses grupos. A discriminação e a repressão era muito presente e com a revolução os reprimidos avistaram a chance de se impor a sociedade.
Temas como o uso da pírula também entrou na revolução. As mulheres lutavam pelo direito à escolha de ter ou não filhos, assim deixariam de ser objetos sexuais, que por acaso produziam herdeiros, e poderiam passar a ser parte do mercado de trabalho. A escolha viria em um momento muito oportuno uma vez que uma das justificativas para a não empregar as mulheres era o longo período que a mulher se ausentava a cada gravidez.
Uma vez que o sexo não significava nada as pessoas deveriam viver uma vida sem regras, se drogar o quanto quisessem. Ter tantos parceiros sexuais quanto quisessem. Ter filhos quando desejassem e fosse oportuno. Essa falta de regras acabou por desestruturar a base da sociedade, a família. Os valores familiares caíram e as regras repressoras que forçavam a mulher a ser o alicerce das famílias já não eram mais obedecidas. A mulher ganhou espaço no mercado de trabalho e agora tentava, apesar da discriminação remanescente, caminhar com as próprias pernas.
As mudanças comportamentais tiveram reações, mas as mais forte não veio dos anti-revolucionários, mas sim dos participantes da revolução. Por mais que aquela geração aspirasse por liberdade essa foi tida em demasia. De uma sociedade onde o sexo não era nem tratado à uma sociedade onde o mesmo era feito indiscriminadamente com vários parceiros houve um grande salto, maior que a capacidade de relevar os velhos princípios. As pessoas não podiam ignorar seus sentimentos, o ciúme e o apego emocional ainda eram presentes. Talvez o maio empecilho à revolução tenham sido as doenças sexualmente transmissíveis. Como ter relações com desconhecidos se através dessas as pessoas se arriscavam a pegar doenças fatais, como a do vírus que recém aparecia, a AIDS.
A revolução sexual não conseguiu tudo que se propôs, mas foi responsável por grandes avanços. Devido a maior liberdade perdeu-se boa parte da vergonha de se abordar temas relacionados ao sexo, isso não só contribuiu para uma maior comercialização de coisas relacionadas ao sexo como também permitiu o inicio do tratamento de DSTs. A revolução trouxe a liberdade para se usar métodos contraceptivos, como a pírula e a camisinha. As mudanças na relação homem mulher, a igualdade nas famílias, as conquistas feministas e homossexuais também são um avanço. Mas talvez em curto prazo a maior conquista para a época foi o relaxamento da censura, que permitiu uma maior mobilização pelo fim da ditadura e a volta à democracia.
Um comentário:
ctrl C, ctrl V, toootal hein? Vi isso em outro site aê! acha que sabe tudo .. :D
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