quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cursinho

Deparei-me pensando sobre a minha vida, num momento de tédio extremo, trancada em uma sala de aula. Resolvi escrever sobre um dos maiores erros da minha vida: continuar no cursinho pré-vestibular.

Atualmente só de freqüentar o prédio do cursinho já me revolta. As pessoas erram uma vez, mas a segunda é burrice. Passei seis meses nesse inferno que é o pré-vestibular e ao final desse semestre infernal, em uma atitude idiota, resolvi tentar mais seis meses.

Eu sempre tive tendência a julgar as pessoas, mas quanto mais o tempo passou mais eu tornei isso uma rotina. De tanto rotular os seres que freqüentam esse lugar inóspito eu consegui dividir eles em quatro grandes grupos: as promessas, os vagabundos, os estranhos e os apáticos.

O primeiro grupo é o das promessas. Esses não comem nem dormem, só estudam. Existem alguns relatos de comunicação, mas essa é usada raramente e apenas para obter conhecimento. Esses seres se excluem socialmente e chegam a passar anos lutando por sua preciosa vaga na federal.

Os vagabundos são os que estão no cursinho por que os pais os mandam ir. Eles são os mais conformados com seu fracasso e estão lá apenas para agradar os que lhes sustentam. Até o fim do semestre esses alunos normalmente impõem uma conformação coletiva quanto ao fato de que eles não vão passar e que aquilo foi tempo e foi dinheiro desperdiçado.

O grupo mais diversificado e, ao mesmo tempo, mais irritante é o dos estranhos. Os integrantes do grupo atingem o seu auge quando viram promessas, mas poucos chegam até esse estágio. Esse grupo tem os hábitos muito similares aos nerds que se encontra no ensino médio. Eles imitam cada palavra dos professores e passam o dia falando sobre estudos e provas de vestibular, por exemplo. Eles tendem a se achar populares, forçam amizade com tudo, de professores a alunos, passando inclusive por bedéis e faxineiros.

Os apáticos compõem um grupo complexo. Sua situação pode vir devido à timidez ou a uma tendência anti-social mesmo. Não são viciados em estudos, mas costumam prestar atenção na aula. Ao contrário dos estranhos e das promessas, que parecem fazer do cursinho suas casas, os apáticos raramente são vistos no cursinho fora do horário de aula.

Esses são os quatro grupos principais, existe a possibilidade de uma leve mistura, mas sempre algum sobressalta. Tentei me encaixar em algum dos grupos, mas tive que crias um subgrupo nos vagabundos, os ausentes.

Continuar no pré-vestibular foi o maior erro que eu consigo me lembrar. Mal posso esperar pelo fim dessa tortura, já estou contando os dias para o fim, agora falta pouco mais de um mês. Pelo menos as aulas de exatas me rendem alguns textos ou desenhos menos desinteressantes que a matéria dada.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A Lista Negra

Hoje me deparei com um desafio, em um curto período de tempo deveria escrever uma crônica. Devido à falta de assunto resolvi refletir sobre minha vida a fim de achar algo interessante, descobri que não sou uma pessoa interessante. Busquei assunto no meu colegial, mas nunca fui uma aluna exemplo, na verdade os professores tinham uma tendência a me odiar, meu nome é um item permanente nas listas negras.

Durante meu ensino médio fui sempre tema daqueles conselhos de classe horrendos. Os adjetivos atribuídos a mim variavam de inteligente, mas preguiçosa a ovelha negra. A verdade é que isso nunca me afetou muito, não sou do tipo que puxa saco de professor ou se importa com o que ele pensa.

Com o fim do terceiro ano, achei que esse carma teria um fim. Sempre ouvi falar que os professores de faculdade não se importavam com conversas. Você podia fazer o que quisesse durante a aula que eles não se dariam ao trabalho de aprender seu nome. Essa promessa me alegrava, mas infelizmente destruíram minhas expectativas. Fui conversar com um professor e este me da a notícia de que eu e minhas amigas estamos em sua lista negra. Meu mundo caiu, não acreditei que essa maldição me perseguiria novamente.

Durante algumas semanas, fiquei meio revoltada, mas hoje tento ter uma visão otimista do fato. Pude ver que tinha um pouco de saudades do ensino médio, não muita, mas alguma. Outro lado que me ajudou a superar foi ver que o professor que eu já não simpatizava antes, não estava em um pedestal. Esse ser tinha falhas, concretas, algo que justificaria minhas diferenças com sua pessoa.

Essa coisa de escrever crônicas no final me teve uma utilidade, me libertei de um trauma. Ainda não me acho uma pessoa interessante, mas meus traumas me salvam. Provavelmente, se o professor que eu citei ler esse texto, e a ficha cair, ele criará uma divisão especial para mim em sua lista, mas vale a pena. Juntou-se o útil ao agradável, essa crônica, além de me servir como um trabalho para a faculdade, me serviu como um psicólogo. Agora crônica é terapia.

Sociedade, Mídia e Violencia - Muniz Sodré

Durante o século XX inúmeras pesquisas foram feitas acerca da comunicação. Apesar disso os dados coletados não foram significativos. Um dos objetivos desses estudos era associar a mídia à violência.

Existem varias formas de violência: violência anômica, uma forma extremamente cruel e sem motivos aparentes. Violência representada, é a mais visada pelo jornalismo, é a forma de agressão cotidiana. Violência sociocultural, o poder de uns sobre os outros devido a fatores culturais, como o machismo, o nazismo e o racismo. Violência sociopolítica é a agressão que o estado exerce.

O Brasil cresceu seus índices de violência assustadoramente. A cada sábado 100 pessoas são assassinadas. Esse número é o dobro do total de assassinatos em um ano na Austrália. A imagem de país sem violência que o Brasil já teve obviamente não é mais um fato.

A violência tem, caracteristicamente, um caráter destrutivo. Com exceção da violência ritualística, a violência tende a destruir a ordem. Por outro lado a foca é usada para impor a ordem. Países de primeiro mundo costumam na usar mais da foca para manter a ordem, mas isso não quer dizer que nunca fizeram uso desta anteriormente.

A mídia recria o mundo e projeta uma realidade falsa e inalcançável. As pessoas que tentam alcançar essa realidade ficam frustradas com o fracasso e podem se tornar violentas por causa disso.

Com o maior domínio das idéias capitalista a mídia passou a visar o lucro. As noticias passaram a ser produtos, quanto mais impactante é uma noticia mais ela é lucrativa. Uma noticia violenta é sempre alvo da mídia, pois essa noticia é algo que costuma chocar as pessoas e assim prender a atenção delas.

Os militares conseguem, em quase todos os casos, certo poder. Em países de terceiro mundo seu poder vem pelo medo, já em países do primeiro mundo o poder vem pela ideologia de proteção que os militares pregam. A mídia é um dos fatores que ajuda os militares a terem esse poder, pois essa faz uso de sãs redes de influencia e de certa manipulação das noticias.

Quanto maior o fluxo de informações, maior o poder do meio que o tem. A modernização acelera as transmissões de informações e assim aumenta, ainda mais o poder da mídia. A mídia, entretanto manipula as informações tal que essa exalta a violência e oculta a pobreza e as desigualdades, dando a falsa sensação de violência gratuita.

Como o objetivo dos meios de comunicação vem pendendo para o lucro, esses meios têm de ficar do lado dos poderosos. Atos como o da mídia em relação ao MST, ataques e marginalização do grupo, demonstram claramente esse partidarismo para o lado elitista.

Uma vez que a mídia toma partido para se beneficiar e ter lucro, os provedores desse lucro também vão buscar benefícios. A manipulação de informações para beneficiar os interesses dos patrocinadores é algo já de praxe. A mídia se tornou parcial, e normalmente essa parcialidade cai para o lado das elites.

Atualmente a mídia também se envolve na política. Um político é uma pessoa publica, logo deve preservar sua imagem, a mídia tem o poder de acabar com a imagem de uma pessoa, fazendo uso de verdades, ou de mentiras. Uma vez que a imagem de um político esta destruída seus concorrentes tem mais força.

As produções de grandes noticiam para serem vendidas é comum. A mídia pega fatos do cotidiano e transforma em terríveis catástrofes. Essa venda é o que passa a manter a mídia e dar a ela parte da importância que ela tem hoje.

A sociedade impõe a violência, prega-se uma idéia de que a violência é a ultima alternativa. Porém a violência sem razão se torna ódio, uma pessoa com ódio tende a ser menos racional e mais cruel. As elites se excluem do problema, se colocando numa bolha de realidade e não tomando nenhuma medida a respeito.

A sociedade tem que tomar uma posição contraria as atrocidades que ocorrem, a igualdade tem que ser um objetivo geral. Não é certo reprimir a violência com mais violência, devemos educar e assim conquistar aos poucos uma sociedade igualitária onde todos têm as mesmas chances. A mídia não pode ser tão partidarista, ainda mais quando esse partidarismo tem como único objetivo o lucro. Precisamos voltar a ter ideologias e não sermos movidos a dinheiro.

Pseudo Editorial

A crise americana vem ameaçando a economia brasileira. Se ,por um lado, o governo afirma que a economia não será afetada pela crise por outro há uma expectativa de redução do Produto Interno Bruto (PIB), esse índice deve vir abaixo de 4%.

Os governos de paises desenvolvidos parecem estar jogando em um cassino, especialmente os Estados Unidos. Todo o liberalismo, que foi pregado por anos, agora esta sendo desrespeitado. Cabe aos governos obedecer às regras que foram impostas por eles mesmos.

O governo brasileiro também não deve se iludir. A crise é uma ameaça à economia e deve ser amenizada. Os problemas que a crise pode causar ainda estão no inicio e só tendem a piorar. É hora de se ter cuidado com a economia, aumento de juros, por exemplo, para evitar a inflação.


Folha de São Paulo

Obrigatoriedade do Diploma

Dia 17 de setembro o sindicato dos jornalistas vai promover um ato publico em defesa da obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Os participantes dessa manifestação irão se reunir na praça dos três poderes, as 13h, em frente ao STF. Haverá uma votação sobre o a obrigatoriedade do diploma jornalístico.

A votação no supremo definira permanentemente o impasse. A manifestação visa derrubar o projeto de desregulamentar a profissão de jornalista. Caso o diploma seja desnecessário, qualquer pessoa poderá exercer atividades jornalísticas.

O debate sobre o diploma jornalístico já é um tema recorrente. Se por um lado o profissional da comunicação deve ser alguém capacitado e consciente, por outro lado nada garante que essa capacitação estará presente em um diploma. Outro argumento para a não obrigatoriedade é a liberdade de imprensa, todos devem ter direito a se expressar.

A opinião publica parece dividida em parcelas quase iguais. Os entrevistados a favor fazem argumentação sobre a capacitação profissional, enquanto os contra defendem a liberdade de imprensa.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O Uso da Água no Mundo

Milhares de pessoas nascem por dia e cada vez mais a longevidade aumenta. Essas novas vidas que se somam às vidas já existentes e sobrecarregam nosso frágil meio ambiente. Recursos tidos como inesgotáveis se tornam cada vez mais escassos, como é o caso da água. A educação é um ótimo instrumento de preservação já que a poluição o desmatamento e o aquecimento global são as maiores ameaças à água.

O uso racional da água, o não desperdício e a não poluição devem ser incentivados, assim podemos prolongar a durabilidade dos nossos recursos. A poluição inutiliza grandes porções de água e uso racional além de economizar o recurso ainda mostra uma tendência de conscientizar os usuários da importância desse bem.

A preservação da natureza evita o assoreamento dos rios e reduz o aquecimento global. Além disso, preserva a fauna e a flora, que são cada vez mais ameaçados. Destruir a fauna e a flora afeta a biodiversidade, o que trás inúmeros problemas.

A conscientização de que estamos saturando os recursos naturais do nosso planeta deve ser feita. A educação é uma das poucas coisas que pode reduzir o iminente esgotamento natural e assim preservar a vida por pelo menos mais alguns séculos.

Brasil ou Brasis?

O Brasil é um contraste de culturas. As misturas vão dos rituais, como dar flores a Iemanjá e ir à missa aos domingos à comida, como o acarajé e o pão de queijo. Apesar do povo brasileiro de maneira geral lidar bem com suas diferenças ainda temos muito o que evoluir. Essa evolução só nos trará progresso

Como aborda Roberto da Matta em seu livro, o que faz do brasil, Brasil?, o povo brasileiro tem seu jeito de ser, seu jeitinho brasileiro. Somos um povo que apesar dos males que nos assolam vivemos em paz sorrindo e enganando as adversidades. As diferenças sociais são fruto da má administração desse país e é injusto o povo pagar por isso

Se um pai de santo resolvesse se apresentar em frente à Basílica de São Pedro, haveria um enorme choque cultural. Por outro lado vemos isso a qualquer hora do dia em Salvador. É esse respeito que enobrece o povo. E é esse respeito que os ditos “donos do Brasil” devem ao povo desse país

O Brasil é uma grande nação e os habitantes dessa vêm colaborando para consagrá-la ainda mais como tal. Entretanto nossos governantes parecem não querer contribuir. O brasileiro tem que desenvolver uma consciência política, só assim poderá ter suas qualidades e sua cultura única valorizadas.

As Exigências do Mercado

O mercado de trabalho vem se tornando mais seletivo, as qualificações das pessoas se tornam ultrapassadas a cada segundo. Podemos achar exemplos disso em nosso dia-a-dia. A graduação se tornou quase um pré-requisito para se ingressar, de forma competitiva, no mercado de trabalho outros itens imprescindíveis são o inglês e o espanhol.

Apesar da competição que essa necessidade por qualificação causa ela também é um empurrão para os avanços. O homem cresce de acordo com a pressão que se exerce sobre ele, ninguém teria inventado a roda se não tivessem de carregar peso. Áreas como a medicina se tornam super especializadas, essa especificação aprofunda as pesquisas o que trás apenas vantagens à saúde e assim às pessoas.

A organização mundial do trabalho considera analfabeto o trabalhador que não domina sua língua natal mais o inglês. Essa exigência reafirma a importância do inglês para quem almeja alguma projeção profissional. Com a criação do MERCOSUL o espanhol também se torna fundamental para as relações entre os países desse bloco econômico.

O conhecimento pode trazer apenas vantagens e, agora mais que nunca, o mercado necessita, reconhece e recompensa as qualificações. Os investimentos na área da educação ainda são a melhor aposta, tanto se esse investimento vem do governo, dos pais ou até da própria pessoa a usufruir.

A revolução sexual de 1968

Entre os anos 60 e 70 se passou a revolução sexual. O auge desta foi em 1968, o ano das mudanças de maneira geral. Em vários aspectos esse ano transformou o mundo, desde questões políticas até lutas feministas como a pelo direito ao uso da pírula. O estopim da luta ocorreu em Maio de 68, quando alunos da universidade de Nanterre lutaram pelo direito de dormir no mesmo dormitório homens e mulheres. As mudanças comportamentais se propagaram por todo mundo.

A luta pela liberdade tinha várias finalidades, dentre elas igualar os direitos de homens e mulheres, criar um clima de aceitação. O sexo passou a ser algo banal, houve uma tentativa de acabar com o tabu que o assunto carregava. O uso de drogas favorecia essa revolução, pois quanto mais alteradas as pessoas estavam menos juízo de valos faziam e mais espontâneas e liberais elas ficavam.
Enquanto as feministas lutavam pelo direito aos métodos contraceptivos outros grupos lutavam pelo direito de existir, os homossexuais é um exemplo desses grupos. A discriminação e a repressão era muito presente e com a revolução os reprimidos avistaram a chance de se impor a sociedade.

Temas como o uso da pírula também entrou na revolução. As mulheres lutavam pelo direito à escolha de ter ou não filhos, assim deixariam de ser objetos sexuais, que por acaso produziam herdeiros, e poderiam passar a ser parte do mercado de trabalho. A escolha viria em um momento muito oportuno uma vez que uma das justificativas para a não empregar as mulheres era o longo período que a mulher se ausentava a cada gravidez.

Uma vez que o sexo não significava nada as pessoas deveriam viver uma vida sem regras, se drogar o quanto quisessem. Ter tantos parceiros sexuais quanto quisessem. Ter filhos quando desejassem e fosse oportuno. Essa falta de regras acabou por desestruturar a base da sociedade, a família. Os valores familiares caíram e as regras repressoras que forçavam a mulher a ser o alicerce das famílias já não eram mais obedecidas. A mulher ganhou espaço no mercado de trabalho e agora tentava, apesar da discriminação remanescente, caminhar com as próprias pernas.

As mudanças comportamentais tiveram reações, mas as mais forte não veio dos anti-revolucionários, mas sim dos participantes da revolução. Por mais que aquela geração aspirasse por liberdade essa foi tida em demasia. De uma sociedade onde o sexo não era nem tratado à uma sociedade onde o mesmo era feito indiscriminadamente com vários parceiros houve um grande salto, maior que a capacidade de relevar os velhos princípios. As pessoas não podiam ignorar seus sentimentos, o ciúme e o apego emocional ainda eram presentes. Talvez o maio empecilho à revolução tenham sido as doenças sexualmente transmissíveis. Como ter relações com desconhecidos se através dessas as pessoas se arriscavam a pegar doenças fatais, como a do vírus que recém aparecia, a AIDS.

A revolução sexual não conseguiu tudo que se propôs, mas foi responsável por grandes avanços. Devido a maior liberdade perdeu-se boa parte da vergonha de se abordar temas relacionados ao sexo, isso não só contribuiu para uma maior comercialização de coisas relacionadas ao sexo como também permitiu o inicio do tratamento de DSTs. A revolução trouxe a liberdade para se usar métodos contraceptivos, como a pírula e a camisinha. As mudanças na relação homem mulher, a igualdade nas famílias, as conquistas feministas e homossexuais também são um avanço. Mas talvez em curto prazo a maior conquista para a época foi o relaxamento da censura, que permitiu uma maior mobilização pelo fim da ditadura e a volta à democracia.

Ética e Responsabilidade, Uma Questão Relativa

O mundo é cada vez mais relativo. Essa afirmação pode ser projetada em várias áreas, dentre as quais está a ética e a responsabilidade. O que é ser ético? Passando a polemica para o universo jornalístico, quais as regras? O que deve e o que não deve ser publicado?

Claro que a resposta não é como a de uma equação matemática, perfeita, sem interferência de elementos externos. Cada caso deve ser analisado individualmente. É nessa análise que a subjetividade se mostra. Uma pessoa sem nenhuma ética publicaria qualquer reportagem, falsa ou verdadeira, parcial ou imparcial. Um bom jornalista sabe medir o peso de suas ações. Medir a importância da matéria para a sociedade e os prejuízos que a notícia causara de se decidir. Calcular os malefícios que uma notícia pode causar é indispensável a todo jornalista que respeite que o acompanha.

Saindo da área da publicação existe um tipo de falta de ética, e de responsabilidade, que quase todos repreendem. A invenção de uma reportagem. Além de não acrescentar nada, essa falsa informação as vezes até prejudica.

A ética é diretamente ligada a responsabilidade. Um jornal ético sabe a responsabilidade que tem com seus leitores, ouvintes ou telespectadores. E quando esses “seguidores” do jornal são forcas políticas ou econômicas e exigem certas manipulações ou omissões de informações?

Cada caso tem seu dilema, mas supondo que um colunista, que fala sobre economia, trabalhe “para os bancos”. Esse jornalista deve escrever sobre os juros no Brasil. Será que ele escreverá “o Brasil tem o juros mais alto do mundo”? ou ele escreverá “devido às instabilidades econômicas de um país de terceiro mundo, o Brasil tem seus juros acima da média mundial”? logicamente o segundo parece bem menos polemico e agradará melhor aos seus “chefes”. Porém, ele não explicitou a informação, bem como não a omitiu por inteiro. Essa manipulação é outro caso onde a ética e a responsabilidade se tornam duvidosos.

A ética e a responsabilidade são temas muito relacionados, não é possível tratar de um dos tópicos sem o outro. A subjetividade hoje é aplicada até a verdade, quem imaginaria a verdade como algo relativo a almas décadas atrás? Como todo tema subjetivo, a ética está sujeita a interpretações variadas e cada interpretação pode obter verdades completamente opostas.